Muito se fala nos conflitos entre os pais e a escola. Por um
lado, os pais levantam os problemas da escola e na contramão, a instituição
escolar demonstra a falta da estrutura familiar. No meio desse jogo, fica a criança sem uma educação
emocional , social e educacional . Como se fosse uma bola de ping-pong e nos
balanços da raquete ela tenta se construir como ser humano autônomo inserido
numa sociedade complexa.
Ambos os lados são imprescindíveis na vida de uma criança,
basta perceber que cada lado tem suas responsabilidades e que para o bem desse
ser é necessário haver uma parceria.
A família é a primeira e fundamental estrutura de uma
criança, é nela que se vai aprender os
valores ( sentimentais, sociais e
religiosos) que transformam esse
ser numa pessoa que vai conviver
com outras. A criança deve chegar a
escola sabendo conviver , respeitar e interagir com outras pessoas. Isso não é
tarefa da escola, ou seja, a criança deve chegar a escola educada em valores
sociais e principalmente familiares.
A escola por sua vez tem como obrigação ter
profissionais capacitados a
transmitir para as crianças através de uma aprendizagem significativa um
novo modo de socializar, de valorizar suas aptidões e de principalmente
aumentar seus conhecimentos.
Mas, infelizmente não é isso que acontece, as famílias não
fazem sua parte e a escola também acaba sendo deficitária. Com isso , a criança
não aprende a ser uma boa pessoa, um bom profissional e principalmente acaba
fazendo da mesma forma no futuro com seus filhos.
É hora de reverter essa situação , a família deve assumir sua real responsabilidade e a escola
voltar a ser um local de aprendizagem onde a criança cresce embasada pela estrutura familiar.
Muitos assuntos criam
essas divergências:
- Tecnologia: celulares
e tablets fazem parte do nosso dia-a-dia , mas dentro
da sala de aula, a criança não deve fazer
uso. Elas estão ali para
aprender, nos intervalos, ela pode jogar, interagir nas redes sociais, etc. ,
mas dentro da sala de aula o foco deve sempre ser a aprendizagem.
-
Regras e Limites: em qualquer sociedade
que o ser humano está inserido, há direitos e deveres que por meio de regras
básicas, norteiam nosso dia. O mesmo
ocorre numa família, e isso deve ser aplicado na escola.
-
Valorização da Aprendizagem: Muito
pouco se valoriza o educador. Esse ponto
é muito importante, porque existem dois “lados da moeda”. O profissional da
educação se sente desmotivado pela baixa remuneração, mas e sua qualificação?
Como qualquer profissional sua vocação e sua qualificação é que farão a
diferença, não basta somente exigir mudanças, mas também deve fazê-las.
Por outro lado, a visão da família para com o educador tem
que mudar. Ele não é um profissional
pago para fazer o que o pais querem , e sim, é o “mestre” que vai ensinar os caminhos do
conhecimento para sua criança.
Mudança e parceria, são palavras que precisam andar juntas ,
na relação família e escola , se assim não for as crianças continuarão da
maneira que estão hoje: sem uma aprendizagem significativa e sem a construção
real do que é um ser humano.
Buscar essa mudança é transformar a criança num adulto
melhor.
Faça! Não espere para depois.
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